Em Setembro de 1533, 0 mestre da Ordem de são Tiago e duque de Aveiro lavrou em alvará a intenção de se fazer na Ribeira de Sesimbra uma igreja nova, de que a povoação já carecia.
As necessidades inerentes a uma população essencialmente constituída por mareantes e pescadores e a atracão exercida pelo mar provocaram no início do XVI a decadência demográfica da freguesia do Castelo, aos poucos extravasada das muralhas da Ribeira, o que cedo veio colocar a necessidade de uma nova sede paroquial.
O mestre da Ordem de S. Tiago aponta como argumento a favor da construção da igreja da Ribeira a "opressão grande que o povo recebia em os ouvir (os ofícios divinos) igreja que está no Castelo da dita vila".
Por outro lado, a Sesimbra ribeirinha desenvolvera-se com particular rapidez em poucas décadas e havia necessidade de concentrar os povoadores e de lhes dar autonomia cultual e administrativa só possíveis através da criação de uma nova freguesia.
Assim, a construção começou a ser implantada nesse mesmo ano de 1533, por iniciativa de D. Jaime de Lencastre, bispo de Ceuta e neto de D. João II, encarregando-se Francisco Marrecos, cava1eiro fidalgo da casa real, da superintendência das obras na qualidade de seu vídor. Uma inscrição aposta no flanco direito da igreja, no exterior, dá-nos a data de 1534, em que o templo, de invocação de São Tiago, se encontrava avançado de obras construtivas. A nova igreja já em 1536 estava aberta ao culto, com a sua capela-mor erecta e 0 corpo do tempo em fase de ultimação, e em 19 de Outubro de 1538 a freguesia obtinha autonomia plena através da bula apostólica de confirmação.
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