Pequeno templo talvez dos fins do século XV, implantado junto ao cemitério da Vila restaurado no século XVIII e posteriormente profanado, apresenta um prospecto bastante banal, com frontaria de empena simples, e janeléo de coro gradeados, sobrepujante ao portal.
A capela de São Sebastião já existia em 1516, ano da visitação a Sesimbra por D. Jorge de Lencastre, Mestre da poderosa Ordem de São Tiago, constando dos termos dessa é visitação que o templo estava forrado de azulejos e possuía uma imagem de pedra muito bem representando o orago.
Esta escultura primitiva ainda felizmente subsiste; foi salva de destruição certa pelo Presidente da Câmara Municipal de Sesimbra (Eng. José Brás Roquete), quando nos finais dos anos 50, mandou integrar no património do Museu Arqueológico de Sesimbra o que dela restava; por sua vez, os serviços culturais da actual vereação promoveram que o Instituto José de Figueiredo procedesse a uma muito hábil recuperação desta imagem de S. Sebastião, de pedra de Anão, que é uma vigorosa escultura de escola coimbra dos finais de Quatrocentos.
Além desta imagem quatrocentista, subsiste também, actualmente apeado por ameaçar ruir, o arco triunfal gótico, que se guarda na nave da Capela, transformada desde há muito em casa de arrumações.
O coro alto, muito arruinado, sustentado por colunas clássicas de tipo quinhentista. Uma inscrição embebida na parede ao lado da entrada, junto da pia de água benta, reza que as reformas levadas a efeito na Capela, iniciadas em 1741, foram promovidas pelos mandadores das armações da Vila; destas obras de melhoramentos de meados do século XVIII, nada subsiste já, para além da insípida estrutura arquitectónica exterior. Da Capela de S. Sebastião foram últimos donatários os irmõos da Ordem Terceira de S. Francisco.
R. Dom Sancho I
2970-763 Sesimbra